"Há o hábito de pensar que se entra numa biblioteca para procurar um livro. Não é verdade. Sim, por aí se começa, mas o que na realidade se busca é a aventura." Umberto Eco
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segunda-feira, 30 de maio de 2011
A Pérola, de John Steinbeck
Publicamos mais três notas de leitura da autoria dos nossos jovens leitores, por acreditarmos ser esta a melhor maneira de "publicitar" os livros da Biblioteca. Boas leituras.
Caderno de leitura de A Pérola.
Já ouvi falar muito bem desta obra. Por isso me decidi a lê-la. Espero que corresponda às expectativas!
Logo nas primeiras páginas apercebo-me que a família vive numa cabana feita de ramos, e Coyotito, o filho, dorme num caixote. Estou espantada, mas só mostra a realidade do nosso mundo, uns com tudo e outros sem nada. E tenho a impressão de que estas situações degradadas vão aumentar cada vez mais.
“Eu sou médico, não sou veterinário” : mas que falta de respeito por parte do médico. Até podem ser índios e pobres, mas são pessoas, humildes seres humanos que deviam ser tratados como tal.
É engraçado como aquele povo aplica uma canção a cada situação que vivencia. Com efeito, a diversidade cultural é extraordinária e a música representa tanto os momentos de alegria como os de tristeza.
Agora que Kino encontrou a pérola, todos os que o maltratavam estão demasiado simpáticos para o meu gosto! Só espero que Kino tenha cabeça e não se deixe levar pelas conversas dos outros.
Uau! Que transformação! É incrível o que o dinheiro pode fazer às pessoas.
O propósito de encontrar a pérola era conseguir pagar o tratamento de Coyotito, mas no final, mesmo com a pérola, Kino e Juana não conseguiram evitar a sua morte. Não imagino como será para uns pais perder um filho, ainda por cima daquela maneira.
No fim perdeu-se uma vida, e a pérola voltou ao sítio de onde nunca deveria ter saído.
Que lição de vida!
A história emocionou-me bastante, e mostrou-me que, às vezes, o melhor é deixar o orgulho de lado, pois dinheiro a mais pode trazer prejuízos irremediáveis.
Inês Morais, 8ºC
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Exposição de História
Esteve patente no átrio principal da escola, e está presentemente na Biblioteca, uma exposição de trabalhos realizados pelas turmas de 7º Ano, no âmbito da disciplina de História.
Publicamos algumas imagens da exposição.
Exposição de História
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quinta-feira, 26 de maio de 2011
Reading Reports II
Type of book: Adventure
Content: The book is about a journey to the centre of the Earth in which the characters are inside the earth and they find a beach, weird animals, a prehistoric man and light like our sun.
Opinion: I didn’t like the book because most of it was boring and didn’t have much action.
By Rafael Jorge, 8ºC
Type of book: Adventure
Content: Rosanna, Peter, Lucia and her father found a dead man in a boat. He brought with him a map, books, a letter and an enigma. The enigma said he would find a new species of flowers. The three friends suspect and leave for adventure.
Opinion: I like these types of books. This book is cool because it doesn’t make you feel sleepy. It involves maps and mystery.
By Ana Taveira, 8ºC
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Reading Reports I
Porque os alunos não lêem só em português, publicamos algumas notas de leitura elaboradas na disciplina de Inglês.
Book: Poor Little Rich Girl by Elaine O’Reilly
Type of book: Drama and action
Content: The book tells us a story about a girl that decides to run away from home after an argument with her parents to get a summer job in a yacht. But something unexpected happens and she will have to use all her intelligence and strength to get out of it. It’s going to be a summer that she will never forget.
Opinion: I really liked the book. The story makes us understand the dangers of our world and why we should always listen to our parents.
By Inês Morais, 8ºC
Type of book: Romance
Content: The book is about a Japanese girl whose name is Jumko Nagai. She goes to London for three months to learn English, but she has no friends there. She starts a blog and meets a boy on it.
Opinion: I liked the story. It was very interesting because it tells us about the advantages and the dangers of meeting people on the Internet.
By Raquel Lameiras, 8ºC
Type of book: Mystery
Content: Kathy is a teenager who likes to help other people, so she decided to go to Helping Hand. Her first job was in a retirement home. Her job was to give books to the patients of the institution. One lady told her about a house. She went there to see if that was a good place for the new Helping Hand office.
Opinion: I didn’t like the book because the story is too boring and basic for me.
By Lourenço Pimenta, 8ºC
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Dia Internacional dos Museus
E porque hoje se assinala o Dia Internacional dos Museus, o link para uma visita virtual a alguns museus.
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Museus/Pages/M_nacional_arte_antiga.aspx
Museu Soares Dos Reis - Porto
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Museus/Pages/M_Soares_Reis.aspx
Museu do Azulejo - Lisboa
http://3d.culturaonline.pt/Content/Common/VirtualTour/Index.htm?id=1ddb5e0e-aae3-46d1-96ef-9b77f8a90a8f
Mais informações sobre museus e palácios em:
http://www.ipmuseus.pt/pt-PT/museus_palacios/ContentList.aspx
terça-feira, 17 de maio de 2011
Creative Writing
Está patente na Biblioteca uma mostra de escrita criativa desenvolvida por alunos de Inglês do Ensino Básico, e dinamizada pelas Professoras Mª Paula Correia e Raquel Pinto.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Encontro com a escritora Margarida Fonseca Santos
Amanhã, dia 13 de maio, teremos na nossa escola a escritora Margarida Fonseca Santos que se encontrará com os alunos do 7º, 8º e 9º anos.
Nasceu em Lisboa, a 29 de novembro de 1960.
Tirou o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional, tendo lecionado no Conservatório Nacional, no Instituto Gregoriano de Lisboa e na Escola Superior de Música de Lisboa.
Estudou Escrita Criativa, Escrita para teatro, guionismo e curta-metragem.
Começou a escrever em 1993 e neste momento dedica-se, a tempo inteiro, à escrita.
Tem vários livros publicados, sendo a maioria na área infanto-juvenil. Alguns deles fazem parte das obras recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura.
É membro fundador do CLIC – Clube de Literatura, Ilustração e Cª e escreve regularmente para o teatro, tanto para crianças como para adultos.
Entre outras actividades, orienta e dinamiza ateliers de escrita com crianças, adultos e professores e ministra cursos de treino mental para jovens, adultos e performers (músicos, ginastas, actores, etc.), tendo publicado, em co-autoria com Elsa serra, o livro Quero Ser Escritor!, manual de escrita criativa para todas as idades.
Em 1996, foi galardoada com o Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca e o Prémio Revelação APE/IPLB para a obra Uma Pedra sobre o Rio.
Para saber mais, consulta o site e o blogue da autora.
Anna Karénina, de Lev Tolstói
“Todas as famílias felizes se parecem umas com as outras, cada família infeliz é infeliz à sua maneira”.
É com esta famosa citação, uma das mais célebres da literatura mundial, que Lev Tolstói inicia aquele que é talvez um dos melhores e mais bem elaborados romances de sempre, Anna Karénina, publicado inicialmente entre 1873 e 1877. A história tem como cenário principal a Rússia czarista, baseando-se na sociedade aristocrata da segunda metade do século XIX. Através de uma escrita fluida, e ao longo de mais de 800 páginas repletas de uma vasta quantidade de descrições realistas e minuciosas, o autor relata-nos a história de Anna Karénina, uma mulher benevolente, misteriosa e possuidora de uma beleza invulgar, casada com um homem rico que se integra no mais alto e nobre círculo social. A única verdadeira felicidade de Anna é o filho, o qual estima com uma profundidade e uma paixão quase etéreas. Contudo, é apenas quando se cruza com o conde Vronski, um jovem homem magnânimo, que encontra realmente a felicidade, vivendo a partir daí um romance adúltero e fatalista durante mais de quatro anos ao longo dos quais a sua própria condição psicológica se vai deteriorando em consequência da condenação do seu amor adúltero pela sociedade hipócrita, o que a leva posteriormente ao suicídio. A par da história de Anna é-nos apresentada também a personagem de Lévin, um humilde latifundiário que se questiona sobre a condição humana a que está inevitavelmente confinado e procura com ardor o sentido da vida. Lévin também tenta o suicídio, mas acaba por constatar que devemos viver por Deus e para Deus, fomentando a própria felicidade apesar de todos os problemas e de todas as contradições, em contraste com Anna que, pouco antes de morrer, chega à conclusão de que todos estamos condenados a odiarmo-nos irrevogavelmente.
Todavia, não é decerto esta contradição de ideias que realmente constitui o fulcro essencial do romance. Anna Karénina é, sobretudo, um retrato da sociedade aristocrata fútil e desprovida de interesses da época, uma condenação do amor carnal e impulsivo e também uma forma que o autor encontrou de exprimir as suas filosofias e ideais acerca de inúmeros temas intemporais, como a agricultura e a guerra.
Não é um mero romance de amor, como possa eventualmente parecer à primeira vista. É um romance que tem de ser lido e vivido com intensidade, onde as personagens vivem, amam, choram, desesperam, morrem, despertam. É um livro imortal que não só se adequa à época em que foi escrito mas também à nossa realidade actual, ocupando na literatura uma importante posição de transição entre o Realismo e o Modernismo.
A sua leitura despertou em mim uma torrente infindável de emoções, uma convergência de sentimentos anteriormente desconhecidos que permanecem vivos e enraizados no meu interior e que o permanecerão para sempre. Ensinou-me sobretudo uma importante lição de vida que com toda a certeza não esquecerei.
Salvador Bodião, 8ºE
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Alguém sabe do João?, de Mª Teresa Maia Gonzalez
CADERNO DE LEITURA de ALGUÉM SABE DO JOÃO?
BIOGRAFIA DA AUTORA
Maria Teresa Maia Gonzalez nasceu em Coimbra em 1958, Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, Variante de Estudos Franceses e Ingleses, pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, foi professora de Língua Portuguesa de 1982 a 1997, no ensino oficial e particular. Esta experiência profissional permitiu-lhe conhecer muito bem os jovens e adolescentes para quem escreve.
Tem vários livros editados, nomeadamente, Gaspar e Mariana, A Fonte dos segredos, O Guarda da praia, O Incendiário misterioso, A Lua de Joana editado já em vários países e línguas. É responsável por várias colecções como Profissão Adolescente e Um Palco na escola.
ASPECTOS PARATEXTUAIS
Quando olhei para capa do livro, o primeiro pensamento que tive sobre o mesmo foi que seria sobre um rapaz chamado João que devia ter fugido com a namorada, e a partir daí pensei justificar a interrogação do título ALGUÉM SABE DO JOÃO?
Ao longo da leitura fui percebendo que afinal a ilustração da capa remete para o João e a amiga que ele encontrou no hospital, a única com quem ele se sentia bem e desabafava. Uma verdadeira amiga!
OPINIÃO SOBRE O LIVRO
Este livro permite-nos reflectir sobre os nossos comportamentos, a formação do nosso carácter, a forma como impetuosamente reagimos a pequenas provocações, o que consideramos “brincadeiras” e que pode ter consequências gravíssimas. Esta história fez-me pensar que não devemos deixar-nos influenciar por ninguém, que devemos escolher bem os colegas e as amizades e que temos de aprender a assumir as consequências dos nossos actos, ainda que eles não sejam intencionais.
Estas são as lições de moral que o João, personagem principal da história, me ensinou.
O João, durante uma discussão entre colegas, provocada por insinuações parvas sobre homossexualidade, perdeu o controlo e empurrou o seu melhor amigo, Guilherme Pontes, que caiu desamparado, batendo com a cabeça na mesa grande da biblioteca, onde se encontravam. Desta queda resultou a morte do Guilherme.
Apesar de ter sido considerado um acidente, e os adultos assim o testemunharam, o João foi o único do grupo de jovens que se sentiu culpado e, assumindo essa culpa e responsabilidade pela morte do amigo, desapareceu do colégio e foi apresentar-se na polícia.
Entregue aos cuidados dos pais, o João vive, então uma depressão profunda e tem de ser internado. Deixa de falar e, só após muitas sessões de terapia e com o apoio de uma menina que conheceu no hospital, recupera da situação traumática que vivera. O João afasta-se dos ex-colegas e percebe finalmente o que é importante preservar: o respeito pelos outros, o respeito pela vida humana.
JEAN BERNARD MENDY, 8ºB
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, de Jorge Amado
Caderno de leitura de O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá
Observo a capa. Como o título é O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (uma história de amor) e o fundo da ilustração é totalmente branco, penso que a história tratará de um amor pacífico, entre um gato e uma andorinha. Não acho que irá ser uma história interessante.
Ao começar a ler o que levou à escrita desta história fiquei sensibilizado. Contudo, desagradou-me a escrita deste livro na variante brasileira do português.
Ao avançar, gostei do pequeno poema da página 9 e agradou-me a letra que “abre a história”, o “A de abertura do primeiro capítulo”.
Gosto da metáfora usada pelo escritor para explicar o amanhecer, o vento e o Sol e as suas relações fantásticas.
Estou surpreendido porque a história que “intitula” o livro parece ser uma “sub-história”.
Todos os seres vivos dizem mal do Gato, mas ele tem que se alimentar. Deviam compreender e falar com ele, como fazia a Coruja, que não tinha a mesma opinião dos outros animais. Eu penso que os outros animais são piores que o Gato Malhado:
Falam dele às escondidas.
Não falam com ele.
Não tentam compreendê-lo.
A Andorinha e a Coruja são as únicas compreensivas e que tentam socializar e perceber o Gato.
Considero a discussão entre o Gato e a Andorinha muitíssimo cómica.
Gosto da forma como é narrada a história, embora na variante brasileira. Não sei porquê mas acho a personalidade do Gato parecida com a do narrador, pelo que ele escreveu na página 39. Gosto também da personalidade da Andorinha. A “bichana” é aventureira, curiosa e tenta perceber por que razão o Gato é anti-social.
É impressionante a quantidade de animais que odeia o Gato.
O Gato é realmente cómico! Acho que me estou a tornar fã dele! O “pseudo-estado” febril do Gato prova que ele tem sentimentos, ao contrário do que os outros animais pensam.
Embora todos os bichos do campo sejam supostamente amigos, traem-se, falando “todos” mal uns dos outros. E o Gato é que é mau?
Tenho pena da não reprodução dos restantes diálogos entre o Gato e a Andorinha, eram engraçadíssimos!
Fico feliz pela amizade do Gato com a Andorinha.
Concordo com a escrita sobre o tempo no início do capítulo “A estação do Verão”.
Infelizmente, o Gato e a Andorinha já se zangaram. Os murmúrios dos animais conseguem ser piores do que os das velhotas das aldeias do interior!!! Que coscuvilheiros irritantes!
O Gato ficou feliz e mudou de personalidade, todos os animais já o suportam. Fico contente por ele. Mesmo assim, os animais ainda falam dele. Não gosto do Papagaio, diz que o Gato é exibicionista, quando, na minha opinião, ele é que é. A “ave colorida” até chegou a cultivar a amizade com o Gato para lhe fazer uma “lavagem ao cérebro” contra os seus inimigos pessoais. E o Gato é que é mau?
Estou com pena do Gato. A história, na minha opinião, está a ser triste, opinião contrária à que o escritor passou.
Agora vejo que, no início, ao observar a capa, não “adivinhei” nada da trama. Mas gostei da “desagradável” surpresa.
Das personagens, preferi o Gato. Das que menos gostei foram a Vaca e o Papagaio, pensam que são sábios e fazem-se de “amiguinhos do povo”, quando, depois, são os piores.
Embora seja triste, penso que esta história merece 5 estrelas, só não merece 7 estrelas porque não está em português de Portugal.
João Alves, 8º C
terça-feira, 10 de maio de 2011
Quero ser escritora, de Paola Zannoner
Um livro extraordinário! E que eu adorei!!
Maria Verónica, uma rapariga de 13 anos, adora escrever, mas, na escola, na disciplina de Língua Materna, sente-se bloqueada. Não sabe como começar uma frase ou até mesmo como acabá-la. Para concretizar o seu sonho, ser escritora, decide entrar num concurso de escrita, no qual tem de escrever uma história. Para escrevê-la baseia-se no seu diário, em que Mia, a sua alcunha ou, como gosta de designar, o seu nome secreto (secreto só até aos 10 anos de idade), vive diversas aventuras, descritas com muita imaginação.
Sean, um adolescente por quem Mia se apaixona, também se inscreve neste concurso. Os dois partilham ideias e vão-se conhecendo ao longo da história. Enquanto Mia vai escrevendo a sua história, também fala sobre o seu relacionamento com Sean e sobre esta amizade que se vai tornando mais forte e íntima. No meio de todas as aventuras que Mia vive (Mia, a cientista; Mia, a pirata; Mia, a pitonisa; Mia, a etruscóloga, etc.), a narradora vai revelando os segredos para se contar uma boa história. Uma coisa que achei muito engraçada foi o facto de, para cada situação, Mia interpretar um papel diferente, como se fosse uma actriz. Além disso, em cada história existe muita imaginação. Como achei este livro muito divertido, não vos conto o que acontece no fim (nem se o vizinho é um assassino ou não, ou se Mia vai conseguir fugir dos piratas) … quero que sejam vocês a descobrir.
Mariana Lopes Machado, 8ºD
Diário de uma deusa adolescente, de Teresa Buongiorno
Um livro que fala sobre a mitologia.
Este livro é o diário de uma deusa adolescente, Hebe. Neste diário, Hebe descreve-nos a sua família e todos os problemas que vive. Descreve-nos também o que acontece aos Homens, na Terra, e a sua evolução. Mas do que mais fala é do seu desejo de encontrar um amor verdadeiro, de crescer e tornar-se adulta, como as suas irmãs. Mas ela é Hebe, a Juventude… Será que irá encontrar tudo o que procura?
Mariana Lopes Machado, 8ºD
Um homem não chora, de Luís de Sttau Monteiro
Peguei nele porque me chamou a atenção no meio da pilha enorme que enchia o armário. O título cativou-me, e o facto de ser de um autor português também. Li-o num fim-de-semana, devorei cada página.
Um Homem Não Chora, de Luis de Sttau Monteiro, é uma obra diferente e muito interessante. O tipo de escrita que cativa o leitor, da primeira à última página. É essencialmente uma comédia, com um tipo de humor negro fantástico.
O nome do protagonista nunca é descoberto, é o próprio narrador que vive toda a acção. O livro, basicamente, conta-nos a história de um homem de classe média que vive na Baixa de Lisboa no ano de 1959. O nosso protagonista revela-nos o seu dia-a-dia, com todas as dificuldades que vive. Começa logo por apresentar Fernanda, a sua mulher que já não ama. O seu maior desejo é divorciar-se desta, pois a única coisa que sente em relação a ela é ódio. Naquela altura não era permitido o divórcio em Portugal, logo teria de viver com Fernanda para sempre.
Além deste problema, somos confrontados com a futilidade da classe média-alta da altura, com o comportamento dos homens, das mulheres, e da socidade lisboeta em geral.
O final é completamente inesperado, por isso não o vou desvendar. Mas recomendo vivamente esta obra, que nos prende, faz rir, pensar e sonhar.
Mª Carolina Pinto, 8ºD
África acima, de Gonçalo Cadilhe
Esta obra do jornalista Gonçalo Cadilhe retrata mais uma das suas viagens, desta vez atravessando um continente inteiro, África.
Na Nota Introdutória pode ler-se que África é um continente surpreendente, tal como o próprio autor diz, servindo de introdução à viagem complicada que Cadilhe irá enfrentar e aos acontecimentos inesperados que irão ocorrer ao longo de todo o livro. O seu "plano" é simples: da África do Sul até Portugal, sem nunca utilizar meios aéreos.
Maio: África do Sul
A partir deste capítulo já é mais visível a personalidade de Cadilhe, que nos vai acompanhar ao longo da sua viagem, que acaba por depois ser um bocadinho nossa também. A primeira paragem, ou o ponto de partida do jornalista, é o Cabo da Boa Esperança, situado na Cidade do Cabo.
Ao longo da narração ficamos a saber mais sobre o quanto é complicado atravessar este continente: países onde a guerra reina. Onde nenhum turista ou viajante é bem-vindo. Onde as crianças não têm infância e depois de crescerem não amam, não fazem experiências novas, não conhecem o mundo. Não vivem.
Outra parte deste capítulo que me marca bastante também é o Transkei, uma pequena localidade na África do Sul. É quase como um mundo que o Homem não industrializou. Há edifícios, mas são poucos e tudo parece primitivo. Cadilhe fica num hotel bastante peculiar, o "Mdumbi Backpackers", criado por Johan e Hyman, uma organização sem fins lucrativos.Com uma cozinha para todos, sala de convívio, dormitórios. Os fundos que angariam vão para a comunidade do Transkei, os Tshani. Para construírem edifícios, poços de água. Para se investir na vida daqueles que já nasceram sem ela.
Já no fim do capítulo, Cadilhe diz: "É para isto que se viaja, para descobrir lugares que nos correm para dentro da alma, para saber que eles existem, para sonhar em regressar."
Começo a descobrir que em África não se é turista. É-se viajante.
Mª Carolina Pinto, 8º D
O Símbolo Perdido, de Dan Brown
No âmbito da Semana da Leitura, iniciamos a publicação de algumas notas de leitura elaboradas pelos nossos jovens leitores.
O Símbolo Perdido é o quinto romance do escritor Dan Brown.
Este romance tem como protagonista o já famoso professor universitário de simbologia, Robert Langdon, personagem dos romances publicados anteriormente – Anjos e Demónios e O Código Da Vinci.
Tudo começa quando um suposto assistente de um grande amigo de Robert, Peter Solomon, – director da Smithsonian Instituition, grande mestre maçon e filantropo - lhe pede para fazer a palestra de abertura de uma gala privada, que teria lugar no National Statuary Hall, o Capitólio dos Estados Unidos.
Quando chega ao Capitólio, Robert não encontra ninguém, pois não havia palestra nenhuma. Caíra numa armadilha. Em vez da palestra, Langdon encontra a mão de Peter decepada, com símbolos tatuados na ponta dos dedos e com o código “SBBXIII” tatuado na palma da mão. Robert apercebe-se imediatamente que se trata do código para a descoberta da Sabedoria Antiga.
Mal’akh, o sequestrador de Solomon, acredita que alguns mestres maçons – entre eles os fundadores de Washington DC – esconderam algures na cidade um tesouro capaz de conferir poderes sobre-humanos e uma grande sabedoria, a Sabedoria Antiga, que se perdera nos tempos e que, se agora fosse redescoberta, seria capaz de mudar o mundo. E Mal’akh queria ser o detentor dessa sabedoria.
Robert vê-se obrigado a aceitar o “convite” antigo e descobrir o caminho até à Pirâmide Maçónica – uma pirâmide oculta, concebida para proteger os Mistérios Antigos -, visto que esta é a única maneira de salvar o seu amigo Peter.
Langdon, durante esta aventura alucinante, vê-se envolvido num mundo completamente diferente daquele a que está habituado. Washington transforma-se num local de caminhos secretos, de caves e sub-caves, de códigos maçónicos, de verdades ocultas e de símbolos perdidos.
Robert conta com a ajuda da irmã de Peter, Catherine Solomon – uma grande cientista noética -, para descodificar a Pirâmide Maçónica e chegar à Palavra Perdida. A lenda dizia que apenas conseguia descodificar a Pirâmide quem conseguisse ver ordem a partir do caos - Ardo ab chao – e Langdon conseguiu.
Descodificaram o mais complexo código da pirâmide – um pictograma alegórico com uma linguagem claramente metafórica e simbólica, não literal. Laus deo - em português, “Louvado seja Deus” - era a última palavra codificada da Pirâmide Maçónica e levava-os directamente para o local onde estava enterrada a Palavra Perdida.
“A palavra perdida não é uma metáfora…é real. Está escrita em língua antiga…e há séculos que está escondida. A Palavra é capaz de trazer poder inimaginável a quem quer que perceba o seu verdadeiro significado. A Palavra tem estado escondida até hoje…e a pirâmide maçónica tem o poder de a revelar.”
Dizia a lenda maçónica que a Palavra Perdida estava enterrada algures em D.C., mesmo no fundo de uma longa escadaria, por baixo de uma enorme pedra gravada. E a lenda estava correcta. A Palavra estava escondida no Washington Monument, no fim de uma longa escadaria, enterrada na pedra angular do monumento.
Langdon descobre que a Palavra Perdida não é uma “palavra”. Só se chamava assim porque era assim que os antigos lhe chamavam…no princípio.
“No princípio era a Palavra” ; “No início era o Verbo”.
Para os antigos maçons da América, a Palavra tinha sido a Bíblia e, no entanto, poucas pessoas tinham percebido a sua verdadeira mensagem. Os livros mais antigos e mais estudados da Terra são, na realidade, os menos compreendidos.
“Disfarçado nestas páginas esconde-se um segredo prodigioso”
Tudo estava prestes a mudar e uma era de conhecimento iria instalar-se. A sabedoria antiga estava prestes a ser redescoberta. A fé, a ciência e o Homem…
E PLURIBUS UNUM. «De muitos, um só»
Deus é o símbolo que todos partilhamos, o símbolo do nosso potencial humano ilimitado. Esse símbolo perdido tinha sido escondido, até agora.
“Porque não há coisa oculta que não venha a manifestar-se; porque não há coisa que não se saiba e venha à luz”
Um livro com um ritmo alucinante e simplesmente fascinante. É, sem dúvida, um livro inteligente e que nos agarra desde o primeiro capítulo. A história está muito bem construída e a maneira como é narrada é brilhante. Acho que no final da história é tudo muito aberto e relativo e fica ao critério do leitor interpretar a mensagem. O que, na minha opinião, é espectacular.
É um livro que desperta o leitor para temas como a Franco-maçonaria e a ciência noética - ciência que estuda o poder que a mente humana tem sobre o mundo físico.
O livro fala bastante sobre a ligação da ciência à fé e ao Homem e também sobre o poder e a sabedoria da sociedade actual.
O melhor livro que li até hoje.
Maria Vicente Cardoso, 8ºD
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Os Livros
Para assinalar o início da SEMANA DA LEITURA, um belo excerto da obra O Prazer da Leitura, de Marcel Proust.
"Não há talvez dias da nossa infância que tenhamos tão intensamente vivido como aqueles que julgámos passar sem tê-los vivido, aqueles que passámos com um livro preferido. Tudo quanto, ao que parecia, os enchia para os outros, e que afastávamos como um obstáculo vulgar a um prazer divino: a brincadeira para a qual um amigo nos vinha buscar na passagem mais interessante, a abelha ou o raio de sol incomodativos que nos obrigavam a erguer os olhos da página ou a mudar de lugar, as provisões para o lanche que nos obrigavam a levar e que deixávamos ao nosso lado no banco, sem lhes tocar, enquanto, sobre a nossa cabeça, o Sol diminuía de intensidade no céu azul, o jantar que motivara o regresso a casa e durante o qual só pensávamos em nos levantarmos da mesa para acabar, imediatamente a seguir, o capítulo interrompido, tudo isto, que a leitura nos devia ter impedido de perceber como algo mais do que a falta de oportunidade, ela pelo contrário gravava em nós uma recordação de tal modo doce (de tal modo mais preciosa no nosso entendimento actual do que o que líamos então com tanto amor) que, se ainda hoje nos acontece folhear esses livros de outrora, é apenas como sendo os únicos calendários que guardámos dos dias passados, e com a esperança de ver reflectidas nas suas páginas as casas e os lagos que já não existem."
Marcel Proust in O Prazer da Leitura. Ed. Teorema
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Semana da Filosofia
O Grupo 410 promove a Semana da Filosofia, de 02 a 06 de Maio, com a exposição de trabalhos dos alunos, na Biblioteca, a projecção de filmes e a realização de palestras. Publicamos os folhetos de divulgação da iniciativa.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
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